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Ciência

Aos 70 anos, astronauta mais velho da NASA pousa na Terra

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Don Pettit retornou à Terra após sete meses no espaço

O que você fez no seu aniversário? O astronauta Don Pettit aterrissou na Terra neste domingo (20), após passar sete meses no espaço. A data marcou também seu 70º aniversário, consolidando-o como o astronauta mais velho em atividade na NASA.

Pettit pousou junto com seus colegas Alexei Ovchinin e Ivan Vagner na espaçonave Soyuz MS-26, encerrando uma longa missão na Estação Espacial Internacional (ISS).

De acordo com a agência espacial russa Roscosmos, o pouso ocorreu às 4h20 (horário de Moscou) / 22h20 (horário de Brasília), próximo à cidade de Zhezkazgan, no Cazaquistão.

Antes de retornar, Pettit compartilhou suas reflexões sobre a experiência. “Depois de sete meses na estação espacial, voltaremos em nossa nave Soyuz, pousando nas estepes do Cazaquistão. Quando nossa cápsula tocar o solo naquelas planícies desérticas, estarei literalmente do outro lado da Terra, a quase 19 mil quilômetros de casa. Mas, de certa forma, estarei em casa”, escreveu ele na sexta-feira (18).

Em um tom poético, ele ainda projetou: “Posso imaginar que, no futuro, uma tripulação retornando de Marte, ao entrar na órbita baixa da Terra, olhará para esta joia azul girando abaixo e dirá: ‘Estou em casa’.”

O retorno do trio à Terra

O processo de retorno começou no sábado (19), quando a Soyuz MS-26 se desacoplou da ISS. A viagem durou cerca de duas horas e meia, incluindo a reentrada na atmosfera terrestre antes do pouso seguro.

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Durante a missão, Ovchinin e Vagner realizaram experimentos científicos e conduziram uma caminhada espacial de 7 horas e 17 minutos para instalar um espectrômetro de raios X no módulo Zvezda. Eles também testemunharam a chegada da Soyuz MS-28 e das naves de carga Progress MS-29 e MS-30, além da partida das Progress MS-27 e MS-28.

A Soyuz MS-26 foi a 72ª missão russa à ISS desde 2000 e a 155ª desde 1967. Durante seus 220 dias no espaço, a nave percorreu 150,2 milhões de quilômetros, completando 3.520 órbitas ao redor da Terra.


Fonte: Olhar Digital

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Ciência

Descoberta rochosa: Estrutura anômala sob Bermudas intriga cientistas

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Estrutura rochosa de 20 km de espessura é identificada sob as Bermudas, uma anomalia nunca vista. A descoberta pode solucionar o mistério da ondulação oceânica, sem atividade vulcânica recente.


Cientistas detectaram uma camada rochosa de 20 quilômetros de espessura, de constituição incomum, posicionada logo abaixo da crosta oceânica do arquipélago das Bermudas, no Atlântico Norte. Esta espessura é considerada atípica e não foi observada em estruturas similares em outras partes do globo, conforme relatado por pesquisadores em estudo recente.

William Frazer, sismólogo da Carnegie Science e principal autor da pesquisa, explicou que a localização dessa camada é o que a torna singular. “Normalmente, você tem a parte inferior da crosta oceânica e, em seguida, seria de esperar o manto. Mas nas Bermudas, existe essa outra camada que está colocada abaixo da crosta, dentro da placa tectônica onde as Bermudas se localizam”, detalhou Frazer.

Anomalia pode resolver enigma da ondulação oceânica

Embora a composição e a origem exatas desta estrutura rochosa não estejam totalmente definidas, a descoberta oferece uma possível explicação para um fenômeno geológico de longa data nas Bermudas: a existência de uma ondulação oceânica. Nesta região, a crosta oceânica é elevada em cerca de 500 metros em comparação com as áreas circundantes.

O enigma reside no fato de que não há evidências de atividade vulcânica em curso que justifique a manutenção dessa ondulação. A última erupção conhecida na ilha ocorreu há cerca de 31 milhões de anos.

  • Hipótese de Formação: A nova pesquisa sugere que a última erupção vulcânica pode ter injetado material rochoso do manto na crosta. Esse material teria solidificado no local, formando uma espécie de “jangada” rígida que tem sustentado o fundo do oceano elevado por milhões de anos, mesmo após o término da atividade vulcânica.

Frazer e o coautor do estudo, Jeffrey Park, professor de ciências da Terra e planetárias na Universidade de Yale, observaram que a ondulação das Bermudas não diminuiu, um comportamento que contraria o observado em outras áreas vulcânicas, onde o movimento tectônico afasta a crosta do ponto quente do manto, fazendo com que a ondulação diminua.

Metodologia Sísmica revela a estrutura incomum

Para mapear as camadas subterrâneas, os pesquisadores utilizaram gravações de grandes terremotos distantes, registradas por uma estação sísmica localizada nas Bermudas. Eles analisaram como as ondas sísmicas desses tremores mudaram de velocidade repentinamente, o que indicou a presença de diferentes tipos de rocha e densidade.

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A técnica permitiu criar uma imagem da Terra a até cerca de 50 quilômetros abaixo das Bermudas, revelando a estrutura rochosa invulgarmente espessa, que é menos densa que a rocha circundante. Os achados foram publicados em 28 de novembro na revista Geophysical Research Letters.

Sarah Mazza, geóloga do Smith College, que não participou do estudo, comentou a relevância da descoberta. Para ela, “ainda existe esse material que sobrou dos dias de vulcanismo ativo sob as Bermudas que está ajudando potencialmente a mantê-lo como esta área de alto relevo no Oceano Atlântico.”

Composição e o Contexto do Atlântico Jovem

A pesquisa sobre a história vulcânica das Bermudas complementa os achados. Pesquisas anteriores de Mazza indicaram que a lava da região é de baixo teor de sílica, o que sugere que ela se originou de rochas com alto teor de carbono, provenientes das profundezas do manto.

  • Origem do Carbono: Segundo a geóloga, esse carbono foi provavelmente empurrado para o manto quando o supercontinente Pangeia se formou, há centenas de milhões de anos.

  • Comparação com outros Oceanos: Esta característica de rochas ricas em carbono é diferente da encontrada em ilhas formadas por hotspots nos oceanos Pacífico ou Índico. A diferença pode estar ligada ao fato de o Atlântico ser um oceano mais jovem, que se abriu com a separação da Pangeia. A localização das Bermudas, que foi o coração do último supercontinente, explica essa singularidade.

A compreensão de um local geológico extremo, como as Bermudas, é fundamental para balizar o conhecimento sobre os processos mais comuns que ocorrem no interior do planeta. O trabalho de Frazer agora se concentra em examinar outras ilhas ao redor do mundo para determinar se a estrutura rochosa sob as Bermudas é um fenômeno isolado ou se há outras camadas semelhantes a serem descobertas.

A descoberta adiciona um elemento concreto à reputação enigmática do arquipélago, que é associado ao Triângulo das Bermudas, deslocando a atenção do folclore para a geologia real do fundo do mar.


Com informações:  Live Science

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Brasil

Engenheiro agrônomo brasileiro é eleito um dos dez cientistas que moldaram a ciência em 2025 pela ‘Nature’

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O engenheiro agrônomo Luciano Andrade Moreira foi escolhido pela revista britânica Nature como uma das dez pessoas que moldaram a ciência em 2025, integrando a lista “Nature’s 10”. Moreira foi reconhecido pelo desenvolvimento do “Método Wolbachia”, uma técnica inovadora que utiliza a bactéria natural Wolbachia para bloquear a transmissão dos vírus da dengue, zika e chikungunya pelo mosquito Aedes aegypti

O Método Wolbachia no Combate às Arboviroses 🦟

O trabalho de Luciano Andrade Moreira, que se estende por mais de uma década, mostrou que os mosquitos (Aedes aegypti) portadores da bactéria Wolbachia têm menor probabilidade de contrair e transmitir esses vírus. A bactéria, comum em outros insetos, é passada para as novas gerações do Aedes após a reprodução, reduzindo o potencial de infecção viral na população do mosquito.

  • Mecanismo: Embora o mecanismo exato ainda não seja totalmente compreendido, a Nature aponta que a bactéria pode competir com o vírus por recursos ou estimular a produção de proteínas antivirais no mosquito.

  • Biofábrica: Moreira dirige uma biofábrica de mosquitos wolbitos (mosquitos infectados com a bactéria) em Curitiba (PR), uma iniciativa da Fiocruz, do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e do World Mosquito Program (WMP).

  • Estratégia Nacional: O Método Wolbachia faz parte da estratégia nacional do Ministério da Saúde no enfrentamento às arboviroses, estando em fase de implantação em cidades com altos indicadores epidemiológicos, como Balneário de Camboriú (SC), Brasília (DF), Blumenau (SC), Joinville (SC), Luziânia (GO) e Valparaíso de Goiás (GO).

A lista “Nature’s 10” é um destaque internacional para pesquisadores e iniciativas de impacto, sem configurar como um prêmio ou ranking acadêmico. Em 2023, a ministra brasileira Marina Silva também foi incluída na lista por seu trabalho contra o desmatamento na Amazônia Legal.


Com informações: Agência Brasil e ICL Notícias

 

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Ciência

Júpiter domina o céu noturno de dezembro, tornando-se um candidato moderno para a “Estrela de Natal”

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A história bíblica da Estrela de Belém tem diversas origens astronômicas postuladas, como a conjunção de Vênus e Júpiter em 2 a.C. ou a conjunção tripla de Júpiter e Saturno em 7 a.C. Embora este dezembro não apresente grandes eventos celestes incomuns, o planeta Júpiter está brilhando intensamente no céu noturno, nascendo no leste logo após o anoitecer, e é considerado um substituto digno da “Estrela de Natal”

O Brilho de Júpiter em Dezembro 🌌

Em dezembro de 2025, Júpiter domina grande parte do céu noturno e continua a ficar mais brilhante à medida que se aproxima de sua oposição, marcada para 10 de janeiro de 2026.

  • Oposição: Quando um planeta exterior como Júpiter está em oposição, a Terra fica entre ele e o Sol, colocando o planeta gigante em sua posição mais próxima e brilhante.

  • Visibilidade: No início de dezembro, Júpiter nasce cerca de duas horas após o pôr do sol, tornando-se facilmente visível no céu oriental após as 20h (horário local).

  • Magnitude: Começando o mês com uma magnitude de , Júpiter deve atingir a magnitude no final de 2025 (quanto menor o número, mais brilhante o objeto), reforçando seu papel como um ponto de luz dominante no céu.

A Questão da “Estrela de Belém” 🤔

Embora a oposição de Júpiter ocorra a cada 13 meses, tornando-o um evento relativamente comum, o brilho intenso do planeta no período de Natal o torna relevante para a observação moderna.

A data real do nascimento de Jesus continua sendo debatida por historiadores, o que mantém abertas as especulações sobre qual fenômeno astronômico real inspirou a história da Natividade.


Com informações: Live Science

 

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