Brasil
Brasil sobe dez posições no ranking da liberdade de imprensa. Argentina cai 26
Publicado a
8 meses atrásem
O Brasil subiu dez posições no ranking de liberdade de imprensa e chegou ao 82º lugar entre 180 países citados em levantamento da organização não governamental (ONG) Repórteres Sem Fronteiras (RSF)
Essa é a melhor colocação do Brasil nos últimos dez anos. O documento foi divulgado nesta sexta-feira (3), Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.
O país apresenta melhora no índice desde o ano passado, quando já recuperou 28 posições. Segundo o jornalista Artur Romeu, diretor do escritório da Repórteres Sem Fronteiras para a América Latina, o resultado confirma uma tendência registrada no ano passado, com a percepção dos especialistas após o fim do governo de Jair Messias.
“Foi um governo que exerceu uma forte pressão sobre jornalismo de diferentes formas, com uma postura e um discurso público orientado pela crítica à imprensa”, afirmou. Romeu contextualiza, entretanto, que a pontuação brasileira ficou praticamente estável, com acréscimo de 0,08 de 2023 para 2024, mas outros países caíram mais, o que levou à subida do Brasil.
O chefe do escritório da RSF explica que os especialistas consultados entendem que a melhora que tinha sido antecipada para o Brasil se confirmou, como cenário geral. Ele salienta que o ranking é baseado em um conjunto de indicadores que avaliam as pressões sobre a liberdade de imprensa.
“Essa subida das posições é mais uma sinalização de estabilidade do que necessariamente de progresso. É importante reforçar que se trata de uma estabilização em relação a uma perspectiva de melhora que se concretizou”, acrescenta.
A coleta foi feita nos meses de dezembro e janeiro a partir de 120 perguntas traduzidas em 26 idiomas com milhares de respondentes. “Cada especialista aborda o próprio país em que vive”, diz Romeu. Publicado anualmente, desde 2002, o ranking é feito a partir de índices que consideram questões políticas, sociais e diferentes ordens econômicas. Romeu explica que o documento é utilizado por organizações internacionais como o Banco Mundial, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e agências de cooperação internacional como um indicador de referência sobre as garantias para que os jornalistas possam atuar livremente.
Outro dado do relatório é que, no mundo, somente 1% da população está em países em que a situação é considerada boa para os jornalistas. Dos 180 países, somente oito estão nessa escala. Os três primeiros colocados são Noruega, Dinamarca e Suécia.
“No final do ranking, países asiáticos como China, Vietnã e Coreia do Norte dão lugar a três países que viram o seu indicador político despencar”, aponta o relatório.
Os últimos colocados são Afeganistão (que caiu 44 posições) por causa da repressão ao jornalismo desde o regresso ao poder dos talibãs, a Síria (menos oito posições) e Eritreia (última classificação geral). “Os dois últimos países se tornaram zonas sem lei para os meios de comunicação, com um número recorde de jornalistas detidos, desaparecidos ou reféns”, destaca o levantamento.
Siga nossas redes sociais: Facebook e Instagram.
Fato Novo com informações: Congresso em Foco
Você pode gostar
Brasil teve em 2024 o ano mais quente desde 1961
Brasil registra aumento ‘alarmante’ de desastres climáticos, segundo estudo
‘Todos os rios do Brasil estão contaminados’, alerta pesquisador sobre uso de agrotóxicos
Em Brasília, Lula e Xi Jinping assinam acordos de cooperação no Alvorada
Cientistas decifram incrível arte rupestre da Amazônia da Era Glacial
Após cinco anos, Brasil recupera certificado de eliminação do sarampo
Pingback: Brasil sobe dez posições no ranking da liberdade de imprensa. Argentina cai 26 – Fato Novo – Aqui você sempre terá informações