Tecnologia
Como funciona o QR Code? Entenda como a tecnologia gera códigos únicos
Publicado a
2 meses atrásem
Tecnologia que facilita pagamentos, e que virou melhor amiga dos restaurantes desde a pandemia, tem funcionamento simples, com dados em código binário. Veja como ela funciona
O QR Code (“Quick Response Code”, ou código de resposta rápida) foi inventado em 1994 pela empresa japonesa Denso Wave, uma subsidiária da Toyota. Um QR Code é nada além de uma versão bidimensional do código de barras, capaz de transmitir uma grande variedade de informações. Inicialmente, ele servia para facilitar o monitoramento de componentes durante o processo de montagem em uma fábrica de automóveis. Hoje, facilitam o acesso a links e pagamentos, e viraram a segunda maneira mais comum de consultar o cardápio dos restaurantes – depois do próprio cardápio impresso, claro.
Ao longo dos anos, e principalmente com o crescimento da internet, os QR Codes passaram a ser utilizados em campanhas publicitárias, embalagens e até mesmo cartões de visita. São uma forma prática e moderna de transmitir informações sucintas. E também gratuita: os QR Codes estáticos (que não podem ser alterados depois de criados) tornaram-se uma tecnologia de código aberto.
Nos anos 2000, aplicativos de leitura de QR Codes começaram a ser introduzidos e popularizados. Em 2017, Apple e Google incorporaram a tecnologia de leitura aos sistemas operacionais de seus telefones (Android e iOS) e facilitaram o uso.
E é só o começo: com o tempo, a tendência é que os QR Codes substituam os códigos de barra tradicionais utilizados nas embalagens. A GS1, organização sem fins lucrativos que cuida da padronização dos códigos de barras em todo o mundo, quer fazer essa transição até o fim de 2027.
O QR Code na prática
Um QR Code funciona de forma bem simples: utilizando um código binário – o “idioma” dos computadores. Cada pixel preto que você vê representa 1, e cada pixel branco representa 0. Combinando esses pixels em diferentes formatos e padrões, é possível codificar letras, números ou ambos. E as combinações são quase infinitas: o menor tamanho que um QR Code pode ter é 21 x 21 pixels e o maior, 177 x 177.
Os QR Codes são desenvolvidos para terem redundância nos dados, ou seja, mesmo que 30% do QR Code esteja obstruído ou faltando, seu telefone ainda conseguirá obter a informação completa ao escanear. É por isso que muitas empresas colocam seus logotipos ou desenhos nos centros dos QR Codes: como há redundância, esses pixels encobertos não fazem falta.
Mas os dados são apenas um dos componentes de um QR Code. A seguir, vamos ver quais são os outros.
Componentes de um QR Code
Cada QR Code é único, e distinguível de outros. Estes são seus componentes:
● Marcadores de posição – São os três quadrados nas margens do QR Code. Eles servem para orientar a leitura do dispositivo que vai escanear (como nossos celulares), permitindo que ela seja feita não importa qual seja a orientação da imagem.
● Marcadores de alinhamento – São os quadrados menores em meio aos dados. Servem para que a câmera do celular ajuste seu ponto focal, facilitando a leitura quando há alguma distorção (superfície curvada, por exemplo). O tamanho e a quantidade de marcadores de alinhamento podem variar.
● Padrões de temporização – Uma linha em formato de L, que corre entre os vértices dos marcadores de posição. Ajudam o scanner a reconhecer o tamanho da matriz de dados.
● Zona silenciosa – São as margens exteriores do QR Code. Servem para que o scanner consiga diferenciar a área do QR Code do resto do ambiente, delimitando com clareza a zona de leitura.
● Informações de versão – Existem 40 tipos de QR Code. Estas áreas informam ao leitor qual está sendo usado.
● Informações de formato – Ficam localizadas às margens dos três marcadores de posição. Contêm informações sobre o nível de correção de erros e o padrão da máscara de dados (ou, essencialmente, como os dados estão arranjados).
● Dados – O restante do QR Code são os pixels brancos ou pretos que compõem a informação que está sendo passada. Como dissemos anteriormente, há redundância nesses dados (ou seja, informações repetidas), de modo que o código possa ser lido mesmo que haja alguma obstrução.