Opinião
Frases que perturbam o emocional dos estudantes
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3 meses atrásem
Por Uemerson Florencio
Eu quero que você grave na sua cabeça, ô cabecinha durinha hein! Eu só tenho aluno cabeça boa viu, igual a mim. Ter o título da licenciatura, não quer dizer que este profissional tenha a sensibilidade humana e tato conduzir pessoas, afinal, nem sempre a intelectualidade dialoga com a moralidade ou postura ética.Logo, onde está a postura incentivadora para identificar e compreender os cenários gerais dos seus alunos no sentido de contribuir para que eles possam se tornarem pessoas melhores?
Os profissionais da educação não devem se permitir comparar com os seus alunos, afinal, essa postura representa total falta de maturidade emocional. Muitos desses profissionais, tido como maravilhosos para alguns, passam por anos dentro do ambiente educacional externalizando falas perigosas, preconceituosas, verdadeiros crimes de bullying em sala de aula. Será que esta conduta em sala de aula contribui para a formação destes alunos? Como saem estes alunos depois de certas aulas? Como chegam em casa estes alunos?
Infelizmente só me restou ser professora, uma profissão pouco ou nada valorizada e mal paga. Se este ou esta profissional está tão infeliz, porque permanece nas instalações do ambiente de ensino? Quantos alunos crescem com o sonho de se tornarem profissionais da educação e se veem diante de uma fala carregada de tamanha frustração? Os professores são seres humanos, bem sabemos, mas devem se atentar que no exercício das suas atividades profissionais não pode externalizar as suas dores e queixas drásticas para os alunos. Quem não se lembra de um momento desse em sala de aula?
É lenta viu, meu bichinho preguiça. Esse relógio parou no tempo. Todo mundo já terminou só você permanece na sala ainda, eu preciso ir embora. Cada pessoa tem o seu tempo de resposta sobre as diversas questões da vida, quer seja, por meio de falas, emoções, cognição, ou mesmo, quanto a capacidade de dar materialidade para um propósito. Profissionais que se utilizam de expressões no diminutivo para manifestar falas discriminatórias, são criminosas com carteira assinada.
Costumo sempre perguntas nas minhas palestras e treinamentos, com quantas gargalhadas você está destruindo sonhos das pessoas?Quer um exemplo para esta questão? Simples, alguns professores questionam seus alunos sobre o que eles querem ser quando concluir os estudos e eles começam a relatar os seus sonhos. Neste momento, um certo aluno diz que quer ser médico de cabeça, o professor esboça nitidamente um sorriso de reprovação através das suas micro expressões faciais.
Você agora irá me dizer que esta comunicação transmitida não afeta aqueles alunos que trazem traumas silenciosos em suas vidas? É muito bom refletir sobre o papel incentivador de sonhos na sala de aula, ou seja, o correspondente a uma câmara de tensão e desgosto para a tortura psicológica destes alunos, não importa a tipo de organização, pública ou privada.
Trazer tais reflexões sobre o ambiente de ensino é colocar pra fora vivencias que tivemos ontem e que ainda existem nos dias atuais. Se você souber convidar o seu filho ou sua filha ao chegar em casa para um diálogo discreto e investigativo, você poderá ter muitas revelações, mas não se assuste, não demonstre angustia ou dor, seja imparcial.
Mesmo porque, só para lhe proteger ou não querer lhe machucar os seus filhos escondem suas dores oriundas da sala de aula, então, vá construindo um plano de investigação e havendo situações críticas, busque apoio com advogados, Ministério Público e afins.
Mas é muito importante que você reflita, o quanto eu já vivi na minha infância, adolescência, juventude, e, por não, na fase adulta da sua vida, tais realidades? Até porque existem professores frustrados em todos os níveis de ensino. Respire, pacifique-se, mas busque apurar a vida dos seus filhos e os gestores escolares, atentem-se aos seus alunos.
* Uemerson Florêncio – (Brasileiro) Empreendedor. Treinador, palestrante e correspondente internacional de opinião em 4 continentes, onde expõe sobre a análise da linguagem corporal, gestão da imagem, reputação e crises.
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