Brasil
MP denuncia influenciadora que associou tragédia no RS à “macumba”
Publicado a
8 meses atrásem
A influenciadora foi denunciada por intolerância religiosa. Se condenada, e pena varia de 2 a 5 anos e multa
A influenciadora que associou a tragédia no Rio Grande do Sul às religiões de matriz africana foi denunciada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por intolerância religiosa. Michele Dias Abreu, de 43 anos, publicou um vídeo nas redes sociais dizendo que as enchentes no estado gaúcho foram motivadas pela “ira de Deus” devido a grande quantidade de “terreiros de macumba” na região.
“O estado do Rio Grande do Sul é o estado com maior número de terreiros de macumba. Alguns profetas já estavam anunciando algo que iria acontecer devido a ira de Deus. As pessoas estão brincando, misturando aquilo que é santo, e Deus não divide sua honra com ninguém”, disse Michele Dias na publicação.
O conteúdo, publicado em 5 de maio, teve mais de 3 milhões de visualizações. Após a repercussão negativa, a influenciadora privou as redes sociais.
O Metrópoles não conseguiu localizar a defesa de Michele. O espaço segue aberto para manifestações.
Pena para intolerância religiosa
No Brasil, a lei prevê pena de 2 a 5 anos para quem obstar, impedir ou empregar violência contra quaisquer manifestações ou práticas religiosas.
A pena será aumentada a metade se o crime for cometido por duas ou mais pessoas, além de pagamento de multa. A punição é a mesma prevista pelo crime de racismo
Na denúncia do MPMG à Justiça, a promotoria afirma que a influenciadora não só cometeu um crime como induziu milhares de pessoas “à discriminação, ao preconceito e à intolerância contra as religiões de matriz africana”.
Você pode gostar
GDF elabora plano para fortalecer a liberdade das crenças
Dia “Nacional de Combate à Intolerância Religiosa”: Uma luta pela liberdade de crença
Intercâmbio da Capes levará estudantes e professores ao Peru, Angola e República Dominicana
Meta responde governo sobre mudanças na checagem de fatos
Preconceito e discriminação atingem 70% dos negros, aponta pesquisa
Governo lança cartilhas pela liberdade religiosa e combatendo o preconceito