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Educação

Os impactos da linguagem corporal dos professores na sala de aula

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Por Uemerson Florencio

Partindo do princípio que o corpo fala, não se pode deixar de considerar as diversas mensagens transmitidas por todos aqueles que se predispõem a falar em público. E, se tratando de sala de aula, com os professores jamais será diferente. Afinal, muitos deles carregam traumas, conflitos e dores visíveis, basta se atentar para a sua forma de externalizar qualquer pensamento sobre a vida e sobre a própria área de trabalho. Francamente, por meio da linguagem corporal, variações no gráfico de voz, respiração, quanto a vida ou sobre o seu próprio ofício, eles podem transmitir sucesso ou fracasso, pessimismo ou otimismo para os seus alunos.  

Por conta disso, fundamental se faz, realizar reuniões de acompanhamento dos professores, promover sondagem dos alunos, monitorar a percepção dos pais, entre outros. Mesmo porque, todas as vezes que você se coloca para falar em público, você não só transmite o seu conteúdo previsto no plano de aula, os seus valores estão lhe acompanhando em todas as suas falas. Sendo assim, como comunicar valores humanos de modo que impacte as vidas desses alunos de forma positiva?

Muito se fala sobre linguagem corporal, mas a falta de verdade e firmeza na voz, traz sérios comprometimentos para os ouvintes. A voz traz muitos registros da sua personalidade, ela pode expor as suas forças ou suas fraquezas. Acredite, em muitos casos, é por meio delas que muitos alunos tiram suas métricas para dominá-los, mas poucos professores se atentam a este vetor. Muitos falam, poucos verdadeiramente se expressam, muitos planejam lindamente suas aulas, contudo, não se atentam que outras variáveis que notadamente estão no trajeto entre elaboração da aula no papel e aplicaçãodela para os alunos.

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Não quero aqui jamais lhe ensinar a fazer o seu trabalho, mas promover uma reflexão sobre uma abordagem que muitos alunos, pais e gestores escolares não fazem ideia quanto aos seus impactos. Daí, podemos destacar alguns pontos:

– Os alunos por serem afetados diretamente pelo que recebem na sala de aula;

– Há os pais que desconhecem os impactos psicológicos causados por conta de algumas falas desses professores, mas que desdobram em seus lares;

– E, por fim, os gestores que muitas vezes, se fazem de caixa de ressonância repetindo o que alguns professores expõem ou exibem quanto aos seus currículos, mas que depois de pesquisado e avaliado, os resultados são catastróficos.

Na própria história da humanidade testemunhamos estes eventos, povos que dominavam outros, inimigos enviavam os seus olheiros para avaliar os seus pontos fortes e muitos apesar de bem armados, não tinham o poder magnético da palavra e por conta disso, já poderia considerar um alvo fácil. Agora observe, assim como nações bem armadas que perdiam a guerra, há professores bem intitulados, cheios de diplomas e referências, mas esprema tudo isso, o que eles verdadeiramente estão entregando na ponta, ou seja, na sala de aula?

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E aí, trago outras perguntas específicas para esta abordagem:

Você consegue gerenciar os seus tons, projeções e intenções na voz? É partir deles que devemos atentar para a comunicação transmitida, percebida e desejada.

Como está a sua respiração quando o clima fica tenso em sala de aula? Você endossa o desequilíbrio se desequilibrando com eles ou busca o eixo por ser a representação viva da autoridade equilibrada em sala de aula?

Você consegue entregar algum valor humano para além do conteúdo que você entrega?

Você sabia que a sua voz pode acessar os canais sensoriais dos seus alunos e possibilitar que eles ingressemo próximo nível na vida? Mas há profissionais que optam em vender muito mais as suas frustrações, medos e angustias do que promover uma entrega verdadeira com os reais valores que educação se propõe.

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*A publicação e seu conteúdo representa a opinião do autor.

* Uemerson Florêncio –(Brasileiro).Empreendedor. Treinador, palestrante e correspondente internacional de opinião para 5 países de língua portuguesa na África (São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Moçambique, Guiné Bissau e Angola), 5 países de língua espanhola (Argentina, Paraguai, Uruguai, Peru e Espanha), Estados Unidos e Brasil onde expõe sobre a análise da linguagem corporal, gestão da imagem, reputação e crises. Criador do método pentágono da comunicação. Gestor de conteúdo do site da empresa Conceito Treinamentos no Brasil.

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Biografia

Trajetória de professora inspira filme ao transformar vidas na rede pública do DF

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História de Gina Vieira, criadora do projeto Mulheres Inspiradoras, vai estrear nas telas do cinema brasileiro destacando o impacto da educação humanizada

A educação encontrou na professora Gina Vieira Ponte uma aliada que transcende as barreiras da sala de aula. Nascida em Ceilândia, filha de pais trabalhadores e com uma trajetória marcada por adversidades, Gina decidiu, ainda jovem, que faria das escolas públicas do Distrito Federal um espaço de transformação. Inspirada por sua mãe, dona Djanira, que sempre lhe ensinou a importância de ser independente, e por uma professora que mudou sua perspectiva de vida, Gina trilhou um caminho que hoje inspira estudantes, colegas e até o cinema nacional.

Foi em 2014, no Centro Ensino Fundamental (CEF) 12 de Ceilândia, que Gina deu vida ao projeto Mulheres Inspiradoras, uma iniciativa que começou com a inquietação de uma professora preocupada com a falta de engajamento dos jovens com a escola e o aprendizado. Em um mundo onde os exemplos femininos muitas vezes reforçam estereótipos, Gina propôs algo diferente: apresentar histórias de mulheres que romperam barreiras e construir, junto aos alunos, narrativas de superação e empoderamento.

“Eu criei o projeto porque estava cansada de ver meninas abandonarem a escola diante de tantas dificuldades. Queria que elas pudessem enxergar o aprendizado como uma possibilidade para superarem as circunstâncias e dificuldades que viviam naquele momento”, compartilha a professora.

Uma jornada de superação e aprendizado

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“Tenho muito orgulho em ver professores na nossa rede pública de ensino, meus colegas, como a professora Gina Vieira, se tornarem referências e história de filmes. Isso evidencia a alta qualificação dos profissionais que temos dentro das nossas escolas, capazes de potencializar o desempenho dos nossos estudantes”

Hélvia Paranaguá, secretária de Educação

Ainda no início, o projeto enfrentou resistência — muitos alunos não acreditavam na própria capacidade de escrever. “Era um momento desafiador, mas também visceral para mim. A prática pedagógica tinha que ser diferente para que fizesse sentido para eles”, explica Gina.

O projeto envolveu desde a leitura de obras de grandes escritoras até a produção de biografias de mulheres inspiradoras, tanto figuras públicas quanto heroínas anônimas do dia a dia dos estudantes. A iniciativa, que começou com cinco turmas de adolescentes, logo se expandiu, alcançando a marca de 50 escolas e sendo reconhecida nacional e internacionalmente.

“Foi uma experiência muito produtiva do ponto de vista da aprendizagem. É um projeto fruto de muito estudo e pesquisa. É impossível trabalhar em escola pública de periferia sem lidar com situações de violação de direitos, e a minha prática pedagógica não poderia ser indiferente a isso. Ao todo, foram 20 prêmios nacionais e internacionais que reconhecem o sucesso do projeto”, revela.

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“O projeto Mulheres Inspiradoras, criado pela professora Gina auxilia na construção de uma cultura que promove valores e atitudes que garantem o respeito aos direitos das mulheres em todos os âmbitos da sociedade”, destaca a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá.

Impacto além dos muros da escola

O vice-diretor do CEF 12 de Ceilândia à época do projeto, Rosevaldo Queiroz, testemunhou o bom desempenho dos alunos após a implementação da iniciativa. “O projeto mudou mentalidades, especialmente ao mostrar que as mulheres inspiradoras estavam não apenas nos livros, mas ao lado deles, nas suas famílias. Era algo revolucionário para uma escola que enfrentava desafios entre os alunos.”

Prova do sucesso do projeto, os resultados logo começaram a aparecer. Em 2015, o índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) da escola alcançou a meta projetada para 2021, segundo o então vice-diretor.

Uma história que chega ao cinema

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Em breve, a história de Gina e de seu projeto será representada nas telas dos cinemas brasileiros. Ainda em fase de gravação, o longa-metragem, dirigido pelo cineasta brasiliense Cristiano Vieira, é uma obra ficcional com base em experiências narradas pela professora. “Começamos na produtora com o objetivo de contar histórias de Brasília. Eu soube da Gina e fiquei impactado com o projeto dela”, conta o diretor.

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Distrito Federal

Publicado o calendário escolar da rede pública do Distrito Federal para 2025

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As aulas terão início em 10 de fevereiro, com previsão de encerramento no dia 18 de dezembro; unidades do Centro Interescolar de Línguas (CIL), Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Educação Profissional e Tecnológica também tiveram cronograma definido

A Secretaria de Educação (SEEDF) já finalizou o calendário escolar para o ano de 2025. As informações estão disponíveis no site oficial da pasta, facilitando o planejamento de estudantes, famílias e servidores da educação para o novo ano letivo.

As aulas da rede pública de ensino do DF terão início em 10 de fevereiro de 2025, com o encerramento do ano letivo programado para 18 de dezembro. O cronograma respeita a exigência de 200 dias letivos obrigatórios, assegurando uma base sólida para o desenvolvimento educacional ao longo do ano.

“Com a publicação do calendário escolar de 2025, a Secretaria de Educação reforça o compromisso com o planejamento e a organização, proporcionando à comunidade educacional uma estrutura clara para mais um ano de aprendizado e desenvolvimento de qualidade”, afirmou a subsecretária de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação da SEEDF, Francis Ferreira.

Parceiras

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Instituições educacionais parceiras (IEPs), como as creches conveniadas, também seguirão o mesmo calendário, iniciando as atividades em 10 de fevereiro. Um ponto essencial do planejamento escolar é a semana pedagógica, programada para o período entre 5 e 7 de fevereiro, quando educadores estarão reunidos para alinhar estratégias e definir as metas pedagógicas do ano.

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Distrito Federal

Colégio público em Brazlândia se destaca por adaptar aulas à realidade dos alunos

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Escola Parque da Natureza recebe estudantes de nove unidades de ensino da região — a maior parte, da zona rural — e aposta na educação ecológica e na valorização do território

“Educação é uma troca.” A frase de uma professora resume o espírito da Escola Parque da Natureza, em Brazlândia. Embora estejam lá para aprender, as crianças têm as próprias vivências, que merecem ser respeitadas e valorizadas.


“A Escola Parque da Natureza de Brazlândia é diferente, porque a gente considera que ela tem alma. Ela não é uma escola que nasceu do acaso, ela já nasceu com um propósito. A missão dela é inovar em termos de emancipação humana por meio do desenvolvimento do sentimento de pertencimento ao território”, explica a supervisora da unidade, Edinéia Alves.


De fato, o colégio é bem diferente do padrão. Quase todas as aulas ocorrem em espaços abertos. Em vez das tradicionais português e matemática, as disciplinas — ou estações, como são chamadas — são: jogos cooperativos; arena circense; artes visuais; brasilidades; expressão corporal; jogos teatrais; educação musical; e alfabetização ecológica. “As coisas funcionam de modo interdisciplinar, não tem um limitante. E a educação ambiental é transversal em todas as estações”, aponta o coordenador Hernando Araújo.

Essa forte presença da educação ambiental está ligada à valorização do território. Brazlândia é uma das regiões com maior área e maior produção rural do Distrito Federal. Tanto que, dos 770 estudantes atendidos pela unidade, cerca de 70% vivem no campo — o que faz com que a Escola Parque da Natureza, ainda que esteja em uma área urbana, seja considerada uma escola do campo.

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Assim como nas demais Escolas Parque fora do Plano Piloto, os alunos da educação infantil até o 5º ano do ensino fundamental têm aulas regulares em outras unidades e vão à Escola Parque da Natureza uma vez por semana. Nove colégios são atendidos — sendo sete de áreas rurais —, em dois turnos, às segundas, terças e quintas-feiras.


“Grande parte dos nossos estudantes é do campo, então é uma experiência muito bacana, uma troca muito bacana. E tem esse trabalho de pertencimento, de reconhecimento da nossa história, dos nossos valores. Não é só valorizar o que é de fora, mas daqui de dentro”, resume Dayane de Oliveira, professora da estação de Jogos cooperativos.


Atividades

Ainda na questão da valorização, na escola são desenvolvidas diversas atividades que exaltam as diferentes características físicas dos alunos. Em uma delas, por exemplo, os estudantes usaram terra misturada a tinta para que cada um encontrasse o próprio tom de pele. O resultado ficou marcado nas paredes do colégio e além delas também: um dos objetivos é plantar a semente nas crianças para que a conscientização chegue aos pais.


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