Natureza
Simbiose, como no filme “Venom: A última rodada”, existe no mundo animal; veja exemplos
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3 meses atrásem
Recheado de ação, último filme da trilogia traz novos desafios para dupla simbiótica Eddie e Venom. Para manter o clima do filme, conheça exemplos famosos de simbiose do mundo animal
O último filme da trilogia, Venom: A última rodada, mostra o ex-repórter Eddie Brock em uma tentativa de consertar os erros do passado e recomeçar a vida ao lado do seu companheiro simbionte, Venom. Como de costume, o anti-herói tenta fazer com que tudo dê certo — sem violência. Até que um acontecimento muda os planos do protagonista, mostrando que ele está disposto a fazer qualquer coisa para salvar o mundo.
Na produção, o deus das trevas Knull manda criaturas alienígenas na Terra para buscarem o códex — uma espécie de chave capaz de libertá-lo do seu aprisionamento. O vilão foi preso pelas próprias criaturas que criou: os simbiontes, como Venom e seus semelhantes.
O códex faz parte de Venom, e pode ser rastreado quando ele está na sua forma natural, assim, Eddie e Venom são atacados por outros alienígenas. Porém, a chave pode desaparecer definitivamente se alguém da dupla simbiótica morrer. Nesse contexto, pela primeira vez, mais de um simbionte aparece no longa em uma tentativa de salvar Venom e proteger a população. No segundo filme da trilogia, há apenas a presença do simbionte Carnificina.
A produção conta com a presença de alguns simbiontes que já estiveram estampados nos quadrinhos da Marvel e nos HQs, como Baderna, Fago, Açoitador, Agonia, Grito e Infiltrado. Na simbiose retratada no filme, os alienígenas parasitários se juntam aos seres humanos, formando uma criatura com diversos poderes — assim como acontece com Venom e Eddie.
Apesar de o conceito de simbiose existe na vida real, ela não funciona da mesma maneira do que no filme – como você pode imaginar. No clima do novo filme do Venom, nós listamos abaixo alguns casos famosos de seres vivos vivendo em harmonia com seus simbiontes. Ainda que elas não garantem super-poderes, uma coisa é fato: elas certamente melhoram a vida dos parceiros.
Como funcionam as interações simbióticas?
No mundo animal, a simbiose acontece quando dois organismos vivem em conjunto. A interação pode acontecer entre espécies iguais ou diferentes. A relação pode ser classificada como obrigatória, quando os dois indivíduos ou um deles dependem do outro para sobreviver. Ela pode ser também facultativa, ocorrendo quando os seres vivos não precisam uns dos outros e apenas se beneficiam.
A relação é chamada de mutualismo quando é benéfica para ambos os seres envolvidos. Quando apenas uma das espécies é beneficiada e a outra não tem nenhuma vantagem, a associação é denominada de comensalismo. Também existem os casos de parasitismo, em que um dos organismos se aproveita do outro para sobreviver. Sem mais delongas, vamos aos casos.
Peixe-palhaço e anêmona-do-mar
Famoso por ser o protagonista do filme Procurando Nemo, a espécie peixe-palhaço (Amphiprioninae), como retrata a obra da Disney, mantém uma relação de simbiose com os cnidários anêmonas-do-mar (Actiniaria).
Segundo informações do AquaRio, as anêmonas possuem nos seus tentáculos células urticantes com cnidoblastos, essas toxinas funcionam como uma forma de defesa e de ataque. Entretanto, os peixes-palhaços possuem um tipo de muco na pele que os defendem do veneno desses cnidários.
Assim, os peixes se aproveitam da imunidade que possuem contra as toxinas das anêmonas e as usam como esconderijo. Por outro lado os cnidários se alimentam dos restos de comida deixados pelos peixes e ainda tem direito a uma limpeza gratuita ocasionada pela movimentação do peixe-palhaço no local. Todo mundo sai ganhando.
Búfalo e pica-boi-de-bico-amarelo
A simbiose entre búfalos e pássaros da espécie pica-bois-de-bico-amarelo também beneficia ambos os envolvidos. Nessa relação, as aves se alimentam dos carrapatos que parasitam o mamífero. Dessa forma, os pássaros saem alimentados e os búfalos conseguem se livrar dos microrganismos que se hospedam em sua pele.
Entretanto, de acordo com a National Geographic, essa associação nem sempre tem benefícios mútuos. Isso porque alguns pica-bois podem se alimentar de sangue, e por isso, acabam perfurando feridas ou a pele dos mamíferos para conseguir encher a barriga.
Abelhas e flores
A relação simbiótica mais conhecida é a das abelhas com as flores. No processo de polinização feito pelas abelhas, elas se alimentam de pólen e néctar — onde encontram as proteínas e os carboidratos que precisam, como destaca este texto da Associação Brasileira de Estudos das Abelhas.
Durante esse processo, as abelhas transportam o pólen das flores, ajudando no processo de formação dos frutos e das sementes. Os grãos de pólen são os gametas masculinos das flores e por isso, o transporte realizado pelos insetos contribui para a reprodução das plantas, além de uma maior distribuição da vegetação pelo território.